Por vezes justificam-se coisas remetendo-as para a irreversibilidade da cultura, como se a cultura fosse um "eu" que pensa e que é capaz de por si só gerar efeitos e consequências imutáveis no indivíduo que por ela se vê representado em sociedade.
Não convém muito que nos deixemos levar por essa inversão da lógica da cultura: são os indivíduos que conduzem a um padrão cultural, não tanto o contrário.
Aquilo que no nosso padrão cultural sejam aspectos menos bons, poderão ser entendidos como sinais de que há algo que os despoleta no "terrreno" e de que há algo que pode ser feito, em termos de intervenção escolar, educativa, sensibilizadora ou outras, com vista à correcção dos mesmos.
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