Em alguns locais do mundo há regimes laborais que são equiparáveis à escravatura. Poderias dizer, em jeito de desafio e complemento, que também por cá, tal como em muitos dos países desenvolvidos à custa da intensificação do capitalismo, o regime laboral tem algum paralelo com o que se entende por escravatura.
Serás tu escravo do trabalho (horários, acumulação de responsabilidades e tarefas, hostilidade) ou serás, ao invés, um escravo do dinheiro que recebes em contrapartida pelo trabalho?
Exclamações como a da imagem ("hoje não fiz nada hoje mas ainda assim fui pago") são comuns em determinadas pessoas que tendem a compreender o trabalho somente como garante de um vencimento ao fim do mês. Adquirem a noção de que o vencimento é sobretudo o produto da estadia temporal num local de trabalho, não de um expectável valor acrescentado durante essa estadia.
Embora sejam questões privadas, é importante que qualquer país não deixe grassar este tipo de concepção sem que seja feito um contraponto que mostre às pessoas como o trabalho é um pilar das suas vidas, sem o qual cada um de nós cairia num marasmo identitário que nos atiraria para os confins da dúvida, do medo e da frustração.
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