Tudo bem, há coisas de que gostas muito. Sentes-te tão bem imergido nessa coisa que só te apetece intensificar a sensação que tanto prezas, perpetuando-a temporalmente tanto quanto possível.
Não deves ter medo de fazer o que mais gostas, mas deves temer ser dominado por isso só porque o prazer que daí advém é simplesmente viciante, de tão bom. Tem presente que a frequência com que tens oportunidade de realizar o que mais gostas conta muito para o prazer que tiras, pelo que não será muito proveitoso para ti que esvazies de sentido aquilo que te dá prazer com a sua intensificação exaurível.
Resguarda o que gostas, na medido do possível, para que não tenhas de acordar amanhã e procurar um novo gosto que possa continuar a satisfazer-te.
Olá Marcelo
ResponderEliminarBem me identifico no tema que falas no teu texto. Muitas vezes eu próprio verifico que essas actividades que mais gosto de fazer dão um gosto diferente quando se fazem de vez em quando e no seu tempo devido, ao invés de a toda a hora (que pode até afectar outras áreas da vida de uma pessoa).
Penso que um exemplo que se aplica será o consumo de chocolate. Creio que dá mais gosto comer chocolate quando se faz de vez em quando do que constantemente (que muitas vezes até podem dar origem a dores de barriga desagradáveis).
Continuação de um excelente trabalho neste blog, que nos dá sempre algo em que meditar.
Um abraço
André Santos
Olá, André Santos,
ResponderEliminarO teu exemplo do chocolate enquadra-se muito bem e é um exemplo muito bom da questão que esta reflexão trata.
Uma sociedade rendida ao vício do prazer é uma sociedade em risco de ir esvaziando de sentido cada gosto que tem, a ponto de ter de inventar novas necessidades e gostos.
Muito obrigado por comentares e por me acompanhares nestas reflexões que vou partilhando.
Um abraço,
Marcelo Melo