Se saísses à rua e perguntasses às pessoas com que aleatoriamente te cruzasses se se consideraram gente amigável, bem intencionada, honesta e humilde, arriscar-te-ias - arrisco dizer - a ter percentagens de 'sim' estranhamente avultadas.
Na consideração que cada um tem (e cria) sobre (de) si, constroem-se imagens fortes e vincadas que, por efeito da repetição e convencimento, fazem cada um acreditar que é de uma determinada forma que idealiza ou que se sente estimulado a acreditar.
É da sobreposição dessa perspectiva individualmente acalentada sobre si mesmo com o ecoar da nossa pessoa no mundo que nos surge a possibilidade de verificar quanto da nossa construção mental sobre nós mesmos é confirmada pela prática, e quanta - esta parte é ainda mais importante - não se encaixa de todo. São estas pistas a que podes socorrer-te gratuitamente para perceberes quem és para os outros e quem és para ti.
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