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Sobre a soberania da vida palpável face à vida digital

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Embora seja um fervoroso adepto da internet, estou longe de acreditar que esta possa algum dia substituir cabalmente a vida no mundo palpável. Para isso alego que nem a crescente dedicação temporal ao universo digital nos deve fazer esquecer que a dimensão da vida que é efetivamente soberana sobre outras – a biológica - dá-se no plano físico.

Neste sentido, a máxima “o que acontece na rede, fica na rede”, que poderia aqui ser invocada diretamente de Las Vegas, não creio que colha ou que venha mesmo a colher. O que se faz na rede tem fortes e naturais implicações na rede, mas continua a ter inabaláveis implicações no presente palpável.

No âmbito social, então, muito para a perscrutar. A internet pôs-nos todos a comunicar via cabos eléctricos e fibras ópticas, mas serão algum elas poderosas o suficiente para substituir a força e velocidade da dimensão presencial da socialização? Considero que não, que a internet tão somente um Meio, e que o Fim é e continuará a ser viver a vida no planeta Terra.

2 comentários:

  1. André Santos5:10 da manhã

    Olá Marcelo

    A tecnologia em geral (e não só a internet) veio alterar o quotidiano de muitas sociedades, de tal maneira que até falas no título de "vida digital".

    Concordo contigo quando dizes que embora muitas tecnologias nos permitem comunicar de várias maneiras (telemóvel, internet, etc...), nunca substituirão a interacção cara a cara com alguém.

    Infelizmente, dado a indisponibilidade de muita gente, seja por motivos de trabalho ou outros, esses meios tornaram-se no meio principal de comunicação entre algumas pessoas. Isso não é mau em si, pois permite que muitas pessoas se mantenham em contacto mais facilmente em alturas em que não podem estar juntas.

    Na minha opinião, acho importante ter em conta que a nossa vida digital deve ser um complemento da vida palpável e não algo que domine todas as nossas acções e interacções.

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  2. Olá, André Santos,

    A tua última frase encerra uma ideia com a qual concordo inteiramente.

    Porém, essa questão é em si mesma um desafio, e grande, por sinal.

    Um abraço.

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