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Sobre conjecturas quanto à humanidade que (não) mora em nós

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Dirty White Trash (with gulls) © Tim Noble & Sue Webster


Será esta uma legítima adaptação da alegoria da caverna (Platão) à luz do que entendemos por o homem de hoje? 

Um ser que se projeta com o aspecto de homem à custa do consumo descontrolado de recursos materiais? 

Um ser que soma a isso a aparência de desfrutar da vida, ainda que sozinho, de costas voltas para o outro ser seu semelhante?

Um ser que interpõe à sua relação com a natureza (gaivotas) um mar de lixo para o qual não se acautelou, ou assume como dano colateral do seu desenvolvimento?

Um ser que fragilmente só aparenta ser Homem se aprisionar a perspectiva com que se observa num dado ângulo estabelecido sabe-se lá por quem?

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