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Sobre a soberania dos países no contexto de 'aldeia global'

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O funcionamento do mundo como um aldeia global acarretou que, a um nível planetário nunca visto, diferentes actividades passassem a ser distribuídas por cada país de acordo com a eficiência, barateza e/ou qualidade com as desempenham.

Este sistema tende revelar-se mais eficiente em termos produtivos globais, mas assenta numa premissa muito importante: serem as nações envolvidas todas amigas a ponto de não diferenciar fiscalmente a venda de acordo com o comprador, quer seja ele do próprio país ou de outro. Depois, este sistema funcionará se a repartição de tarefas por entre os países for feita de modo a que a cada país caiba um conjunto de tarefas suficiente para fazer funcionar a sua economia. E se isto não acontecer?

Neste modelo preocupa-me sobretudo a questão da soberania das nações: se de repente ninguém nos vender batatas, temos nós capacidade para restabelecer a produção agrícola a nível nacional? E se isto ocorre ao nível da energia? E ao nível da tecnologia? É este um tema estratégico que não deve ser abandonado, sobretudo tendo conta a convulsão política e económica que grassa pelo mundo.

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