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Sobre a eudemonia, e a felicidade que resulta de levar uma vida de virtude

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"Dado que a palavra é composta pelo prefixo eu- (bem) e pelo substantivo "daimon" (espírito), tem-se proposto em alternativa [à definição felicidade] expressões como "viver bem" ou "florescimento".

Os estóicos concordavam que a felicidade é o nosso fim último, pelo qual fazemos tudo o resto, e definiam-na como uma vida consistentemente vivida de acordo com a natureza. Não queriam dizer apenas com isto a natureza humana, mas a natureza do universo inteiro, do qual somos parte, e a ordem racional que ambos exibem. A razão prática exige assim uma compreensão do mundo e do nosso lugar nele, juntamente com a nossa aceitação resoluta desse papel. Seguir a natureza desta maneira é uma vida de virtude e tem como resultado um "bom fluir da vida", com paz e tranquilidade"
Fonte: Crítica na Rede

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Simpatizo com a abordagem dos estóicos à eudemonia. A ideia de que só nos devemos preocupar com o que depende verdadeiramente de nós parece à primeira vista ser um atestado de desistência, mas não o é: impele-nos a intervir no lado das coisas que podemos intervir. E esse lado contempla seguramente tudo aquilo que é virtuoso. Se algo que não controlamos nos está a tirar felicidade ou eudemonia, devemos canalizar o enfoque para o que é tangível fazermos a esse respeito para intervir a nossa favor na situação, sem nunca pôr em causa o recto procedimento que a longo prazo proporciona o dito bem viver.

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