Se é verdade que as convulsões económicas e sociais resultam de exageros na aplicação da mentalidade capitalista, não menos verdade é que aquilo que tem feito abrandar dramaticamente economias como a portuguesa foi a entrada de nações asiáticas enormes o suficiente para fazer subir o nível da "água" que nos pôs a (quase) todos num risco eminente de afogamento.
Pois bem, chegará o dia em que a presença desses gigantes se considerará normal. Nesse momento o mundo já entrará com eles nas contas de merceeiro que faz, pelo que não advirão substanciais surpresas nesse capítulo. Olhando para o mapa-múndi, urge perguntar: não haverá porventura mais margem, no planeta, para nova entrada de gigantes?
O continente africano é visto como um derradeiro caso de atraso civilizacional (os indicadores mostram-no). Em proporções territoriais, África mete os outros gigantes num bolso, e esta noção por si só basta para reconhecermos o grande potencial que aí mora, sobretudo pensando que são cada vez mais os jovens africanos com formação superior validada no estrangeiro, e que é cada vez maior o valor económico de recursos naturais (que ainda abundam em África) Do mesmo modo que a China e a Índia acordaram de repente para a economia mundial, assim poderá estar para acontecer com grandes nações africanas.
Sem comentários:
Enviar um comentário