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Sobre afundares o porta-aviões que alimenta um certo tipo de dor na tua vida

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Entre nós há os que adquirem um funcionamento de trincheiras e campo de batalha para as suas vidas e dele não conseguem sair. Compreendem gestos e palavras como o produto de manobras militares inseridas num xadrez de estratégia interna com objetivos definidos numa agenda perturbadora. Sendo pródigas em antecipações dos movimentos dos outros com doses generosas de preconceitos e presunções várias, estas pessoas interpretam cada novo dado à luz da narrativa que cultivam e alimentam.

Sempre que se cai neste tipo de espiral dá-se azo à proliferação de uma pronunciada tacanhez mental, na medida em que se começa dar tanta ou maior importância a emoções do que a ideias. Ora o cocktail emoções/pensamentos é por si só potencialmente perigoso: é ele que nos pode levar à fantasia, ao delírio, à obsessão e a dinamites emocionais como o ódio ou a paixão.

É recomendável a estes um reforçado exercício periódico consciencialização (Porque penso o que penso? Quais as premissas que me levam a pensar assim? De que modo pensa o meu oponente? O que o leva a pensar assim?) que culmine na identificação dos assuntos em que mais propensão temos para assumir o papel de generais e estrategas que julgam combater um inimigo alimentado a narrativas próprias. Depois identificado, será mais fácil abrir as hostilidades e jogar internamente a batalha naval de onde se espera a derrota da armada que sustenta a postura nociva descrita, tão geradora de dor.

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