© Paul Kuzynski
Astuto como és, estou certo que olhando em teu redor és capaz de encontrar um mar de coisas que te estão a prejudicar injustamente, um mar de pessoas que não está a proceder contigo correctamente , enfim, todo um conjunto de aspectos susceptíveis de te fazer de algum modo sofrer.
Recordo-te que o que fazes com essa informação é da tua inteira responsabilidade, pelo que deverás analisar e perceber onde mora a maldade nisso tudo, pois isso reflectir-se-á no ódio, raiva e incompreensão que sentirás. Posto de outra forma: o que é a maldade nas pessoas? É uma força que vem de onde e se alimenta de quê? Será possível alguém ser feliz incorrendo sistematicamente na maldade? Em que te baseias para considerar que há maldade no que te acontece?
Eu sugiro que se pense na maldade como uma limitação, porventura como o reflexo (e consequências) da uma incapacidade de fazer melhor, de encontrar elevação, algo de natureza personalística. Suscitamos maldade quando somos incapazes de conter o medo, quando o egoísmo fala mais alto e atalhamos caminho para o satisfazer, ou quando não conseguimos produzir pensamentos justos e isentos. Neste sentido, maldade não é algo que que se "seja", antes "acontece" a alguém, como um sintoma de algo que precisa de ser melhorado: a consciência.
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