Procurar:

Sobre haver um tempo propício para tudo

Share it Please


©   Kris Martin


"Há um tempo propício para cada coisa que se deseja debaixo do céu:
tempo para nascer e tempo para morrer;
tempo para plantar e tempo para colher;
tempo para matar e tempo para sanar;
tempo para destruir e tempo para construir;
tempo para fazer luto e tempo para dançar;
tempo para atirar pedras e tempo para as apanhar;
tempo para abraçar e tempo para separar;
tempo para procurar e tempo para perder;
tempo para guardar e tempo para deitar fora;
tempo para rasgar e tempo para coser;
tempo para calar e tempo para falar;
tempo para amar e tempo para odiar;
tempo para a guerra e tempo para a paz."
(Eclesiastes 3, 1-8)


As dores que vamos sentindo no decurso da vida passam muito pelo desfasamento verificado entre aquilo que o Eclesiastes designa de "tempo propício" e a aquilo que nos apetece ou não apetece viver com base na personalidade com temos e nos caprichos que desenvolvemos.

A forma possessiva como entendemos a vida ("Ela é tua", certo? "Por isso fazes o quiseres com ela", não é?) sobrepõe-se insolentemente a este mecanismo temporal que soberanamente abre e fecha etapas à revelia do teu livre arbítrio e à revelia do teor dos teus caprichos.

É no saber interpretar estes "tempos propícios" que poderás desvendar a arte de viver, onde encontrarás a clarividência para te posicionares de tal forma que te permita descolar a felicidade (a que almejas) daquilo que são vicissitudes próprias do mecanismo da vida, tais como morrer, adoecer ou ficar só. 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...