Embora acalentemos a utópica ideia de igualdade entre cidadãos, não há método que iguale as pessoas em idênticos patamares de desenvolvimento de modo derradeiro. Cada pessoa tem a sua história, cada pessoa faz o seu percurso, com ele aprende, e dele recebe as consequências. Não temos como igualar percursos nem aprendizagens.
Em qualquer roda social onde o homem participe, há sempre lugar ao surgimento de líderes naturais, um processo que não requer vontade ou esforço, e que atribui por si capacidade individuais reforçadas e reconhecidas pelos outros para influenciar decisões, apontar caminhos, ajuizar casos.
Se por um lado a democracia reflecte um estado de temor perante más experiências do abuso de poder que os líderes naturais ao longo da História foram causadores no governo de povos, a verdade é que vivemos numa sociedade que finge que as pessoas são iguais só porque para elas de definiram direitos iguais e deveres aparentemente iguais (com dinheiro em cena o caso muda), que finge que já não existem líderes naturais porque todos somos virtualmente líderes em potencial.
Será que é mesmo assim? Será que presumir idêntidos direitos e dever altera alguma coisa, na prática, relativamente à hierarquia natural e piramidal de que a Natureza define sobre homem?
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