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Sobre a vida que tu escolhes(te)

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O cantor Tony Carreira possui um album e uma biografia intitulados "A vida que eu escolhi". Esta frase tem-me dado que pensar, pois encerra um entendimento da vida que tem toda a pertinência na atualidade.

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Em termos de bonança, as etapas mais marcantes da vida são quase só função do tempo: nascemos, vamos para a escola, vamos para a universidade, arranjamos emprego, casamo-nos, temos filhos, os filhos começam este ciclo, reformamo-nos. Em termos de bonança, muito devido a haver fontes de rendimento suficientes, esta sucessão acontece quase por si, basta que nos deixemos ficar, que nos deixemos levar pela curso natural da vida.

Só nos tempos de inclemência é que a vida impele as pessoas a escolherem a sério a vida que querem viver. Na falta de rendimentos, um eufemismo para o desemprego, a sucessão acima descrita quebra-se e entramos no domínio das escolhas: educação vs trabalho, casamento vs trabalho, filhos vs trabalho, reforma vs trabalho, a vida versus o trabalho.

Muita da recente indignação e sofrimento das pessoas, é a dor das escolhas que têm de se fazer e dos sacríficos que elas comportam. Não é a propriamente vida que está neste momento em causa, é o tipo de escolhas que a vida está a pedir que nos deixa a todos dilacerados, constrangidos e perplexos.

Que vida tens escolhido? Que vida vais tu escolher? 

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