Cockfight - Stanislav Plutenko |
O homem vive sequioso de competição, investindo nela como motor do seu desenvolvimento e afirmação. Nas costas da civilização estão exemplos de competição de natureza física mais violenta, envolvendo um desfecho final de autêntica vida ou morte, mas a semente da competição permanece inalterada. O desporto assumiu a presidência da sede de competição, e hoje representa um bastião cultural de inexorável afeição por parte de quase todos.
E se por competição podemos entender o despique entre pessoas que se candidatam aos mesmos objetivos, é igualmente verdade que participar em tais concursos é em si mesmo competir contra os próprios limites, podendo levar ao autoconhecimento. Ninguém ganha competições se não tiver as ideias arrumadas no sítio, se não conseguir dominar a compreensão dos fenómenos afetos à prática da sua atividade.
Por isso, por muito que pareça que a competição envolve acima de tudo o derrotar o outro, essa é a derrota que menos se controla, acabando por ser uma inevitabilidade de quem simplesmente trabalhou e cresceu tanto que conseguiu derrotar as suas lacunas e limitações com a persistência e resolução de quem muda o percurso de um rio. Neste sentido a vitória é um processo interno e silencioso, e também dinâmico na sua construção.
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