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Sobre a consciência, enquanto chave para o enigma da Vida

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Evolution - JamesDeanee


(Este não é mais um dos textos que publico. Este dá-se particularmente ao respeito e importância. Está para ser escrito há algum tempo e persistiu impassível à repetida agressão do seu adiamento.)


Ninguém te pode alienar da consciência que adquiriste.Pode vir a crise, o desemprego, a falência, a miséria, o ladrão, o banco ou o amor: o que evoluíste enquanto pessoa até hoje é indelével e só parece poder ser espoliado pela falência de funções biológicas e chegada da morte. Enquanto vives, expandes incessantemente a tua consciência, é algo axiomático. A velocidade a que este fenómeno se dá é diferente entre cada pessoa.

Na premissa da expansão ininterrupta da consciência cabe a discussão que em última instância nos responderia às perguntas desbloqueadoras do enigma da Vida: quem sou eu? porque vivo? para onde caminho? No limite da expansão da consciência, quando ela atingir o tamanho do próprio universo, aí saberás tudo o que há para saber.

A consciência é o que delimita a bolha ou ovo até onde existes. Quando dizes "o mundo isto...", "as pessoas aquilo...", "eu sou...", "eu acho", parece que falas de algo que não tem limites,e isto deve-se ao desconhecimento dos teus limites de compreensão e consciência. A consciência que tens é a pegada do teu limite existencial, pois cristaliza o limiar da tua ignorância.

Para o tipo das finanças tu és um número, para a família és muito mais que isso. Mas quem és tu para ti próprio quando te tens de responder a esta questão à luz do limite imposto pela tua própria consciência?

A tua capacidade de responder a isto traz atrelada a tua ignorância sobre quem és. Vais provavelmente remeter para a imagem que o espelho de devolve, para dados formais que a sociedade manipula quando se refere a ti, vais invocar provas que te recordem que tu és aquele que isto ou aquele que aquilo, ou vais citar um gajo qualquer que se aventurou a publicar a sua opinião. Não serve, pelo que pergunto novamente: quem és tu, afinal, para ti próprio?

No dia-a-dia, defendemos muitas vezes atitudes como a de falar abertamente das coisas, dizer tudo o que há para dizer, não ter telhados de vidro, dizer na cara as verdades, assumir as responsabilidades, mas isso parece sempre surgir em contextos muito restritos, geralmente envolvendo os outros. Por isso diz-me: Porque não falas abertamente das coisas contigo próprio? Porque não dizes tudo o há para dizer sobre quem és tu para ti próprio? Porque não te dizes na cara a verdade sobre quem, afinal, és? Porque não assumes essa responsabilidade?

Porque não consegues.
Porque ainda não chegaste ao ponto desta questão ser suficientemente forte e pertinente para te abalar e arrebatar.
Porque vives enganado pelo que chamas vida, e que é muito menos Vida do que A Vida que está contida na resposta a essa questão.
Porque vives sem espiritualidade ou porque adotaste uma que é precária para ambição desta resposta.

Não tenho mais respostas do que tu podes ter sobre esta questão, até porque esta questão terá certamente uma só, abrangendo todos os seres e coisas. O que tenho, cada vez mais, é o fogo de lhe tentar responder, um fogo que me tem proporcionado expansão mais acelerada da consciência. 

A consciência é a chave que desbloqueia o enigma da Vida, e parece que, de um modo magistral, todos somos empurrados para a resposta mas a velocidades diferentes. Não estamos juntos neste barco.

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