(Equinox - The Elysian Deals)
Nem sempre temos presente que o que mais importa na vida são as pessoas. Fazer os outros vibrar é muito mais importante do que qualquer outro contributo. Dar-lhes a mão para que vibrem passa muito por corresponder sem que eles tenham de pedir formalmente colaboração, actuar segundo a intuição que nos diz que todos gostam de ser tidos em consideração como seres únicos e irrepetíveis, que gostam de que os escutemos e surpreendamos pela positiva. Que gostam, no fundo, de confirmar que o percurso que cada um nós vai trilhando pode ser aliviado nos seus aspectos de maior incerteza, ignorância, medo, erro, dor, pelo interesse e dedicação que podemos despender uns pelos outros.
Há pessoas capazes de nos tocar a alma e, nesses felizes e reveladores encontros com o nosso eixo espiritual, percebemos que estar vivo é, no seu todo, substancialmente mais do que ter um corpo físico metabolicamente a funcionar. Por vezes surgem revelações decisivas sobre o tipo de pessoa em que nos queremos tornar, e estas, algo me diz, surgem mais frequentemente por via de experiências fora da nossa zona de conforto: urge sair dessa região confortável que nada tem para nos ensinar e palmilhar terrenos novos. Sair da zona de conforto passa muito por interagir com pessoas, pela promoção de cruzamento de estilos, perspectivas, preferências, características.
Quando conseguimos sair dessa zona de conforto estéril de aprendizagem, e ganhar experiência e superação em domínios novos e aspectos menos bons em nós, estaremos então em condições de regressar revigorados e, em certa medida, renovados nos desejáveis votos de uma existência repleta de sentido e consequência. Temos tudo a ganhar em conhecer e ajudar os outros. Isso faz de nós mais humanos do que a civilização atual tende, em média, a ser, e semeia também humanidade nos férteis e infindáveis terrenos da criatividade humana.
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