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Sobre as resoluções de ano novo, e as oportunidades de melhoria contínua a nível pessoal **

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A cada novo ano, sucedem-se processos cíclicos de reformulação de vida individual, mandatados pela consciência de que num novo ano se deve limpar o histórico e se pode e deve mudar para melhor. Cabendo a cada pessoa encontrar as suas fontes de confiança para tutorar tais processos, é oportuno referir que estarmos todos um pouco mais atentos é em si mesmo uma grande medida, por sinal intermpotal, a que ambicionar.

Sem recolha dados não temos sensibilidade, e sem sensibilidade nem identificamos objectivamente as raízes dos problemas (ou soluções) nem nos colocamos a caminho para agir. Há pois que clarificar bem a que é que se aponta esforços, sob pena de investir no inconsequente e anular as reais oportunidades de fazer a diferença num novo ano ou mesmo num ano que já vai a meio.

A este respeito é pertinente o modo como, silenciosamente, a filosofia de gestão/produção japonesa, assente na melhoria contínua (que tem pés e cabeça para tanto ser aplicável à indústria como à vida pessoal de cada um de nós) vem conquistando o ocidente (demorou porque afirma a prazo algo que nós, ocidentais, adoramos para o presente imediato: o sucesso económico). Na base do que fez com que uma Toyota superasse uma General Motors enquanto produtora de automóveis, está um modus operandi que reconhece que aquilo que faz a diferença, a prazo são as pequenas mudanças e as afinações de processos de rotina, cuja soma e sinergia supera em muito a importância individual de cada acto ou medida isolados.

Também a nível pessoal temos que perceber que perante vidas já estabelecidas e complexas, a melhoria joga-se nos pequenos detalhes. É neles que a agenda pode ganhar mais horas, que os processos se tornam mais leves de tratar, e com eles a cabeça ganha espaço para idealizar outros mundos, projectos e desafios, etc. O que se aplica a uma fábrica com vários sectores distintos interligados, aplica-se a um homem que existe em várias frentes. É só preciso apontar esforços ao que efectivamente merece ser melhorado e progressivamente purgar de nós o muda (無駄) - palavra japonesa que significa desperdício, lixo - que só atrasa o nosso desenvolvimento e busca da felicidade.

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