Liliana Porter - Geometric Shepes With Drawings, 1973
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Procuramos incessantemente fórmulas de sucesso, truques existenciais que resultem em nós, que nos façam mais felizes, mais eficientes, em suma, que nos tornem a vida uma experiência mais agradável e menos onerosa em termos do sofrimento e atrito. Do ponto de vista estratégico, podemos desencantar essas ditas fórmulas de sucesso em questões de forma, em questões de conteúdo, ou em ambas.
A forma cria impressões relacionais distintas sobre o mundo (incluindo os demais seres) e consegue forçar diferenças porque estabelece diálogos com este que seguem trilhos umbilicalmente ligados às premissas angulares de cada forma. Assim, as questões de forma propiciam determinanos caminhos mas não outros, e neste sentido podem faciliar ou dificultar um dado contexto, ou um dado objetivo.
A forma cria impressões relacionais distintas sobre o mundo (incluindo os demais seres) e consegue forçar diferenças porque estabelece diálogos com este que seguem trilhos umbilicalmente ligados às premissas angulares de cada forma. Assim, as questões de forma propiciam determinanos caminhos mas não outros, e neste sentido podem faciliar ou dificultar um dado contexto, ou um dado objetivo.
O conteúdo, quando desligado da forma, requer a disciplina de atender ao essencial e ao eterno, àquilo que por não se evidenciar com o apelo sensorial da cor, formato ou textura, é poderoso mas monótono para os adeptos da sensação. Trabalhares-te nas questões de conteúdo é conseguires aguentar um olhar olhos nos olhos com a vida, e perceberes, por via do que és obrigado a descartar para não interromper esse olhar, qual o melhor rumo para ti. Basta desviar esse olhar e cais na questões de forma novamente.
Em qualquer caso, não raro acabamos embrenhados na repetição das fórmulas de forma ou conteúdo que em nós já deram certo: esgotámos-lhes a validade porque a cada vez que as colocamos em prática a própria vitalidade delas vai-se diluindo lentamente a ponto de, a prazo, nos encontrarmos novamente na senda de novas soluções. Assim é a vida do homem imperfeito, seguindo a lógica funcional das estações do ano, nomeadamente o palpitar contração-expansão (criação e destruição), por sinal um traço ubíquo e cromossomático do modus operandi da Natureza.
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