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Sobre a perversão que é doar a vida própria para dar vida a máquinas, desperdiçando a oportunidade de estar vivo

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É vergonhoso e um ultraje que não respeites o limite que um máquina pode conquistar no teu campo de atenção. Acorda: uma máquina é uma máquina, e nunca um homem deve ficar à espera por receber a tua palavra , ou por te dar uma palavra, ou por merecer a tua atenção em detrimento do teu ardente desejo te fundires com uma máquina. Quão iludido e descontrolado estás...

Na génese do filme Matrix está a ideia/alerta de que as máquinas começariam/começarão a cultivar pessoas para delas lhes sugar a energia, porque alegadamente são uma vontade barata, orgânica desse recurso. A assustadora realidade é esta: quem dá vida a quem, nesta fase da civilização? Gastares o teu capital de energia corporal, atenção, emoção, pensamento, etc em torno de máquinas de informação e prazer (gadgets e outras), não será doares a tua vida para as máquinas viverem por ti? Dás-lhe voluntariamente a energia de que precisam para viver e silenciosamente reinar. Reflictamos nisto.

Aquilo que está a acontecer às pessoas, traduzida numa profunda perda de capacidade de existir no mundo físico em detrimento de vício e fantasia pelo mundo virtual, tem criado e ainda mais criará um exército de humanos permanentemente adormecidos que, dormentes na atenção ao que importa cuidar e escravos no desejo incessante de prazer e recompensa, estarão cada vez mais sistematicamente distraídos dos reais propósitos e premissas da Vida, desperdiçando redonda e futilmente a magistral oportunidade que é estar vivo e ter consciência dessa epopeia.

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