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Sobre o desafio de se viver apenas no presente, e suas (boas) consequências

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Imagem: Collision Chamber MW -  Pedro Barbeito (2014)


O presente é um espaço temporal suficientemente amplo para nele se projectar existir em exclusivo. Perceber onde ele começa e onde ele termina no dinâmico rol de emoções, pensamentos e estados de espírito que nos visitam é tarefa fina mas essencial para não o hipotecar, e com ele a chamada realidade.

Simplificar a vida de modo a que se torne numa escorreita sucessão de (momentos) presentes é todo um desafio de vida. Quanto mais ruminamos o passado ou ansiamos o futuro menos viveremos efectivamente. Esforçar-me por me aguentar no presente é uma das lições de vida que vou tendo para partilhar e recomendar. Não apenas porque isso proporciona maior concentração e eficácia na resolução dos desafios imediatos, com também porque recoloca oportunamente o homem no seu devido lugar, abrindo espaço, por exemplo,  para a constatação de fenómenos como a justiça divina (karma) que corrige e elogia o que em verdade (e não sob óptica das opiniões) deve ser penalizado ou premiado em nós, e nos outros.

Conseguir viver no presente é, pelo esforço de contenção de ímpetos absolutistas dos espaços temporais (passado e futuro), também um exercício de humildade para com a Vida, delegando no celestial a responsabilidade de agir sobre coisas em que a nossa ignorância é manifesta, e sobre as quais estamos potante longe de ser adequados juízes ou oráculos.

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