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Sobre a inovação aberta enquanto nova página no modo de entender o trabalho e cidadania em prol do bem comum

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Imagem:  Colourcade Buzz - Ian Davenport (2015)

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Reza a história, ou a História, que a Torre de Babel constituiu o momento em que os homens se viram sentenciados com o castigo de passarem a falar línguas diferentes, e que essa contrapartida esteve na base da sua malograda capacidade de fazer erigir  a dita torre até ao céu, conforme haviam planeado.

O mundo terá dado muitas voltas entretanto, sobre si mesmo e sobre o modo como os homens se organizam em sociedade desde então, a ponto de termos chegado ao momento civilizacional em que, globalizados, informatizados, esclarecidos, se nos tornou oportuno e viável tirar partidos das diferenças entre os homens para conseguir fazer algo que, à data da obra da dita torre, talvez não tivesse sido cunhado ainda como tal: inovar.

A inovação aberta é hoje um marco que se abre no mundo das possibilidades e relação com o trabalho, e que alista homens e mulheres no desígnio colectivo de resolver problemas com impacto social, ambiental e/ou económico, sendo por isso uma forma de cidadania à escala global, que opera de modo transnacional. Cada ser pensante, possuidor de um livre-arbítrio único, com formação técnica ou apenas com generosas doses de experiência, é convocado pela inovação a aberta a dar o seu contributo na resolução de problemas que estejam em cima da mesa para resolver, mimetizando a lógica comunitária das formigas que cooperam e colaboram em torno do bem comum, porque sentem ser o seu dever fazê-lo.

Um dia toda a cidadania poderá vir a ser feita deste modo, e as diferenças que desde a Torre de Babel nos acompanham, poderão ficar devidamente mitigadas pelo inovador poder benéfico que as diferenças entre as pessoas podem ter para um desígnio/projecto que subscrevam em comum.

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