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Sobre o incessante desafio de equilíbrio na vida, as tábuas de salvação a que nos agarramos, e o que é preciso mesmo fazer

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Ensemble - Hannes Beckmann (1946)

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É difícil de explicar o que nos equilibra na vida, até porque a cada novo dia que se vive há coisas, tarefas e pessoas que entram, e coisas, tarefas e pessoas que saem. Podemos focar-nos no que nos dá prazer e perseguir o ideal Epicurista de encontrar a virtude como a derradeira forma de prazer. Podemos focar-nos no que só depende de nós, e esvaziar estoicamente de importância tudo o que pareça não depender. Podemos ainda aceitar tudo como um desígnio divino ou transcendental que nos cabe viver, ou nada aceitar como obrigatório e embarcar na anarquia ou no racionalismo que tudo questionam em prol de um ego orgulhosamente só.

Nesse processo de aprendizagem há algumas tábuas de salvação. Podemos ir trocando de tábuas à medida que vamos envelhecendo ou conforme nos convenha. Apoiamo-nos em Deus e nos seus procuradores, na sorte ou destino, nos ciclos do zodíaco e fases astrais, ou tão só na pessoa à nossa frente ou que se situa à distância de um ecrãn. Podemos ainda apoiar-nos em nós mesmos, e nas convicções que temos.

O referido equilíbrio é o grande desafio de qualquer pessoa, e pessoa alguma o consegue segurar nas mãos como um direito ou bem adquirido. É preciso viver, aprender, merecer. É preciso estar atento, observar, escutar. É preciso sorrir, ser solidário e ajudar. É preciso tentar, iterar, e superar. 

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