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Sobre a arte de transitar da parte ao todo e do todo para a parte, e a dificuldade humana em dominá-la

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Speedcubing - Julien Grudzinski (2012)

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A fragmentação tende a gerar mais oportunidades, e a unidade menos. Mas a fragmentação enfraquece e desloca a atenção para nichos, enquanto que a unidade fortalece e permite um alcance mais universal (holístico). Não é possível dizer, em abstrato, que é preferível unir do que fragmentar. Nem o contrário, sequer. Dependerá sempre daquilo a que seja aplicado, o que significa que para umas coisas será bom uma destas, e para outras ficaremos melhor servidos com o oposto.

Pense-se agora na união ou fragmentação das pessoas, dos países, dos pensamentos, da saúde, das classes profissionais, da cultura, das crenças, das ações, das emoções, das famílias, do conhecimento, da política, da ciência, etc. Nuns casos é bom esmiuçar e trabalhar com a farinha resultante, noutros é simplesmente útil fazê-lo para fins de eficiência (ou eficácia) na identificação de problemas e na preparação das respostas aos mesmos. Mas será que não há casos também em que é preferível privilegiar o todo e mantê-lo inteiro acima de qualquer tentação?

Aquilo que não foi dado ao homem, para a sua experiência terrena, é um manual inequívoco que lhe permita perceber em que situações e até que ponto é interessante investigar pela fragmentação os assuntos, as posições e as disposições, e em que outras situações (e até que ponto) é primordial privilegiar uma visão integrada, global, una sobre assuntos, as posições e as disposições. Soubéssemos nós dominar a arte da transitar da parte ao todo e do todo à parte e o mundo seria um lugar bastante melhor, tal como cada pessoa que o habita seria mais feliz.

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