Beastie - Alexander Calder (1974)
Simplificar coisas é sempre um risco, mas manter as coisas complexas não deixa de igualmente o ser. Por isso, fica ao critério e à sensibilidade de cada um enveredar pela riqueza da complexidade e/ou pelo pragmatismo da simplicidade. Optando por esta última via, um eixo simplista mas indicativo dos desafio pessoais associados à natureza individual de cada um de nós, é pensar se, em média, somos pessoas mais aceleradas ou mais calmas que a média das outras pessoas que conhecemos. Obviamente que tudo depende da amostra externa que escolhemos para estabelecer as comparações, e aqui há que dizer que quanto mais nos restringirmos em núcleos pequenos (famílias de poucos elementos, grupos de amigos ou trabalho mais reduzidos, etc) mais a análise sofrerá desvios à verdade.
Não obstante, é proveitoso tentarmos perceber se somos pessoas que carecem mais de ser acalmadas do que de ser aceleradas, ou vice-versa. Por ser simples, a métrica permite mais rapidez: ou vamos sentir que é preciso fazer alguma coisa, ou que não é de todo necessário mexer nesta variável. A ter de mexer, saberemos também em que sentido urge mais fazê-lo. E assim se desagua numa proposta de intervenção (ou numa declaração de satisfação pessoal).
O último passo é materializar a percepção de que é preciso fazer algo em decisões que possam personificar a mudança necessária. Aqui, a experiência diz-me que só atuando na rotina se consegue alcançar resultados consequentes a prazo, e só estabelecendo novas (ou mais refinadas) rotinas que substituam as anteriores é que alguém conseguirá trabalhar-se para ser alguém menos ou mais acelerado do que é. As mesmas pernas que nos podem acelerar, são as que nos podem ajudar a travar. Não é uma questão de fôlego, é uma questão de posicionamento saudável face aos recursos de que se dispõe.
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