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Sobre a predisposição natural para o erro, e o motor comum que tanto gera problemas e como soluções na vida, ornado por 'Lucioles' (Alexander Calder)

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Lucioles - Alexander Calder (1972)

A imperfeição humana acompanha-nos como uma condição umbilical de se estar vivo. Cometemos erros quase por uma predisposição para não conseguir fazer sempre igual até ao fim dos nosso dias. Surge sempre uma falta de atenção ao virar da esquina, ou uma noite mal dormida ou convulsão emocional que deturpa a habitual forma de estar e ver as coisas. Ou então, existe sempre uma pulsão criativa que leva a interpretar a realidade com novos olhos, e a testá-la sob novos ângulos.

Por outro lado, as mutações ao que já somos, fazemos, pensamos, são precisamente as fontes dos maiores problemas e das maiores soluções com que nos deparamos. Essa dislexia faz porventura parte do melhoramento das características das espécies, como também é motor da manifestação de anomalias e descontrolos metabólicos. Ambas derivam da mesma fonte, mas destoam no desfecho funcional que implicam. São a possibilidade de um fim feliz ou de um fim triste, revelando uma natureza polarizada mas interligada, catalisando no homem um motor (do tipo yin e yang) que lhe desbloqueia o presente.

Uma parte significativa do buliço mental e emocional das pessoas joga-se na minimização de erros ou na gestão da ocorrência destes, particularmente pelo lado doloroso que estes acarretam ao corpo, à reputação, ao ego, e sabe-se mais a quê. Porém, não é preciso ir muito longe para ouvir falar da pedagogia do erro, do modo como este é fator de crescimento. O erro faz crescer quem o comete, mas também faz sofrer quem o comete. Quer isto dizer que para crescer é (quase sempre) preciso sofrer? Indo um pouco mais além: pode o erro e a inconstância na abordagem ao mundo ser caminho para uma maior felicidade futura ?

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