No final do ano passado foi mostrado, à turma que frequentava, um resumo do grau de exploração dos recursos naturais no nosso planeta, o qual permitiu obter uma visão geral e transversal dos colossais riscos de sustentabilidade que a perpetuação desta lógica extractivista inequivocamente transformará em triste realidade.
A recente visualização de um documentário respeitante à putativa existência de água em Marte induziu-me à conjugação desta hipótese e do que ela perspectiva, com a lógica extractivista que havia sido denunciada na referida aula sobre sustentabilidade. Acrescento que o que porventura suscitou esta conjugação de assuntos, que seguidamente desenvolverei, foi a declaração de um cientista que afirmou que a chegada do homem a Marte deveria ter acontecido há 25 anos atrás.
Pois bem, esta epopeia rumo à colonização de outro planeta, a qual é, em suma, o que a NASA e quiçá toda a humanidade desenvolvida mais sublimemente poderá ambicionar, estando atrasada, como disse o cientista, facilitaria em muito a resolução da actual conjuntura em que o homem não vê outra alternativa que não a de travar o consumo desenfreado de recursos, a qual tem sido promovida quer com imposições legais como com sensibilização dos consumidores.
No dia em que o homem deixar de se contentar com este planeta e relançar a civilização rumo a outros planetas, – e eu adoraria ainda estar vivo e lúcido quando isso acontecer - talvez aí se possa ambicionar a consumir recursos com esta voracidade, pois não faltarão minérios e compostos químicos para matar a nossa sede industrial e comercial algures na galáxia.
Enquanto isso não ocorrer, e note-se que não estou em condições de pensar num prazo exequível para que suceda, sequer que venha mesmo a suceder, resta ao homem abrandar e repensar a sua relação com a Natureza, para que não corra o risco absurdo de matar um planeta antes de estar em condições de emigrar para outros.
no Brasil o tema sustentabilidade vem sendo discutida não somente nos meios academicos, mas nos ônibus, escolas, ruas e até nos lares...uma das nossas candidatas a presidencia da republica tem como lema de campanha omeio ambiente(partido verde), e ela está com chances de vencer, o que mostra que estamos preucupados, principalmente com a amazonia que situa maior parte em territorio brasileiro. a escassês de recursos naturais pode é talvez o tema mais importante no sec xxI
ResponderEliminarCaro Marcelo Melo
ResponderEliminarnão seja o homem capaz de preservar o planeta que tem para a sua sobrevivência, terá como destino a extinção, pois não será neste século, nem no próximo, que atingirá o conhecimento tecnológico necessário para colonizar outros planetas. E falo em colonizar, não falo em ir lá apenas, porque isso já fez uma vez, muito embora tenha apenas viajado 300.000 kms.
Mas não é o Marcelo Melo um céptico relativamente à vida extraterrestre? No entanto, pelo que vejo, já aceita a presença do homem em outros planetas...
Um bom fim de semana.
Caro Poeta do Penedo,
ResponderEliminarSaúdo-o pelo seu reaparecimento neste blogue que tanto o estima.
Não me sinto confortável com a emissão de uma opinião relativa a datas sobre desafios humanos de natureza tecnológica. Novidades como a internet ou os telemóveis revolucionaram o mundo com rapidez e profundidade. Neste sentido, a ida do homem para outro planeta, a título definitivo, poderá não estar tão distante como possa parecer.
Confesso não haver compreendido a sua penúltima frase sobre a presença do homem noutros planetas: quer-me mostrar a minha eventual contradição? Quer-me mostrar que vida extraterrestre e colonização de outro planeta por parte do homem é a mesma coisa? Não compreendi.
Aquilo que reitero, é que colonizar outro planeta poderia resolver a ambição do consumo desenfreado de recursos, e que, não querendo a sociedade abrandar este consumo, que trabalhe pois rumo à expansão da civilização para outros planetas.
Um abraço,
Marcelo Melo
Caro Sandrio Cândido,
ResponderEliminarObrigado pelo seu comentário.
Estou convicto de que o Brasil tem uma palavra muito forte a dizer sobre a manutenção da natureza, das espécies, dos recursos.
Estamos numa era em que a industrialização já não é um objectivo, é uma realidade, o que significa que o homem se concentra no aperfeiçoamento da mesma. As questões ambientais já são tão importantes para os países como as questões mais convencionais como o desemprego ou a cultura. Ainda bem que assim é, porque não há dúvidas de que o planeta beneficiará com a imposição de regras sobre o consumo de recursos.
Felicidades para si!
Marcelo Melo
Caro Marcelo Melo
ResponderEliminarRefiro-me a um texto que publiquei, no ano passado, de Visitados, em que um alienígena comunica com dois rapazes. Nesse texto o Marcelo escreveu um artigo, em que perguntou se eu acreditava mesmo naquilo.
Relativamente ao seu texto, o meu ponto de vista é simples. Caso nós consigamos um dia colonizar outros planetas continuaremos a ser homens. No entanto, para seres que, eventualmente, venham a assistir a essa colonização, nós seremos seres estranhos a esse planeta, como tal, seres extra.... Se o homem é capaz de sonhar em colonizar outros planetas, que mais não seja por necessidade da continuidade da espécie, porque não admitir que outras civilizações, bem mais antigas que a nossa, e como tal bem mais evoluídas, possam existir e visitar-nos?!
Fico deveras agradecido pela consideração que demonstra pela minha pessoa. O Marcelo é plenamente retribuído.
Com amizade.