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Sobre a inadiável optimização do estado

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1539808_4397_625x1000 Um Estado, na qualidade de associação de indivíduos, não tem querer próprio nem capacidade de auto-análise, o que o torna inimputável do ponto de vista do que lhe acontece ao longo dos anos e da condição em que se encontra a cada momento.

O sistema democrático de eleição periódica de líderes para o estado, acarreta o desafio da continuidade, da transmissão da informação e da manutenção de uma linha governativa coesa e fixa naquilo que sejam assuntos estratégicos prazos alongados, livres de qualquer volatilidade circunstancial. Pois bem, mas não são apenas os líderes estatais que devem cuidar do Estado, porque esses olham sobretudo para os grandes números e as grandes medidas, não tendo tempo nem energia para acompanhar com minúcia os detalhes.

Em tempos de favoráveis, os detalhes podem-se preterir porque no cômputo geral os grandes números batem certo e o desperdício e ineficiências acabam por ser tolerados. Em tempos desfavoráveis sonegar o desperdício é errar redondamente. É por isso que qualquer líder Estatal não pode tentar fazer através de grandes medidas o que não consegue fazer com medidas específicas para os detalhes.

Em engenharia, o engenheiro aprende que a optimização é uma missão contínua do engenheiro, porque os ganhos não estão apenas no produzir mais, mas também no desperdiçar menos. Enquanto o Estado não for analisado com a minúcia e a imparcialidade digna de quem audita e reporta com base apenas no que constata, estaremos a adiar a nossa salvação.

De nada vale subir continuamente os impostos ou encontrar outras fontes de receitas, pedindo esforços colectivos, se parte do dinheiro recolhido se irá perder em desperdícios. Em tempos críticos isto é suicídio.

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