Ao longo da História parece existir uma tendência que poderemos classificar como um refúgio humano, que se traduz pela instauração de cultos à imagem de alguém motivados pela constatação de que esse alguém é portador de uma Verdade universal na mensagem que faz passar.
A Verdade que sai da tua boca não te pertence, porque a Verdade é algo que transcende o teu corpo físico e mesmo o teu plano intelectual. Não deves, pois, prestar um culto ao homem que reconhece estar mais próximo da verdade se com esse culto te substituis ou atrasas na tua própria procura da verdade. Não deves abdicar de chegar a Ela, pelo que não é desejável que fiques refém do que quer que seja, a ponto de te contentares com um prestar vassalagem a quem a Ela já conseguiu aceder, ou pelo menos chegou mais perto.
Não és divino por falar a verdade, porque tu não és a Verdade. A Verdade das coisas é que pode falar por ti, como fala por qualquer um que se desenvolva, simplifique e assim atinja um estado existencial evoluído.
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