Abstraindo-nos da aclamação pública deste filme, O Artista não é, ainda assim, um filme qualquer. Tendo como enredo a desgraça em que cai uma estrela de cinema mudo que repudiou adaptar-se à novidade técnica que revolucionou o cinema, o som.
Para nós, espectadores, O Artista indicia que o cinema de hoje não é melhor do que o cinema anterior, apenas mais complexo. Demonstra, também, como a intensificação dos diálogos é desnecessária, porque basta uma boa escolha e sincronia musical para que se atinjam os sentimentos necessários para viver cada cena.
Por fim, O Artista é um filme que todo ele espelha beleza, essa força motriz divina que nos reinventa por dentro. A beleza cedeu actualmente lugar à volúpia, daí a lufada de vida que a chegada desta obra trouxe, 40 ou 50 anos depois da sua época,a quem andava sequoso pelo êxtase de ser arrebatado por uma obra da arte.
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