Inventámos a palavra sustentabilidade para a usar na política, na indústria, na legislação e, porque não, no desenvolvimento pessoal. Onde mora, no homem, a sustentabilidade?
A ter de responder a esta questão, diria que o homem sustentável é aquele que monta o acampamento da sua existência no plano mental. Só uma cabeça bem comandada, que não cede facilmente a estímulos emocionais de prazer instantâneo nem hostiliza facilmente os outros por medo, pode conduzir a uma existência que pretende possuir sustentabilidade.
O coração (emoções) é quando muito uma janela consentida desse acampamento, de onde se tem uma vista deslumbrante sobre o mundo, nem por isso tangível, porque nem tudo na vida é amor, e mesmo quando é, algo mais tem de ser acautelado para que este não seja inesperadamente removido. A sustentabilidade da vida mora na subida, do plano mental em diante, para a comunhão com a beleza e as virtudes, algo que à luz do racional parece transcendental, mas que o homem já conhece e explora quando aponta a sua existência para o desenvolvimento da alma, do espírito, da voz interior, etc.
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