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Sobre o filme 'Linhas de Wellington'

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Em 27 de Setembro de 1810, as tropas francesas comandadas pelo marechal Massena, são derrotadas na Serra do Buçaco pelo exército anglo-português do general Wellington. Apesar da vitória, portugueses e ingleses retiram-se a marchas forçadas diante do inimigo, numericamente superior, com o objectivo de o atrair a Torres Vedras, onde Wellington fez construir linhas fortificadas dificilmente transponíveis. Simultaneamente, o comando anglo-português organiza a evacuação de todo o território compreendido entre o campo de batalha e as linhas de Torres Vedras, numa gigantesca operação de terra queimada, que tolhe aos franceses toda a possibilidade de aprovisionamento local. É este o pano de fundo das aventuras de uma plêiade de personagens de todas as condições sociais – soldados e civis; homens, mulheres e crianças; jovens e velhos -, arrancados à rotina quotidiana pela guerra e lançados por montes e vales, entre povoações em ruína, florestas calcinadas, culturas devastadas. 


Linhas de Wellington é uma experiência cinematográfica duplamente recomendável.

Em primeiro lugar, é uma produção nacional nobre, que reúne um elenco também ele nobre bem como um argumento que, não sendo nem curto nem exaustivamente longo, é valoroso. Este filme é uma aula de história, de sociologia e de geografia, simultaneamente a que interliga e caracteriza as rotinas de soldados e civis à data de 1810.

Em segundo lugar, por surgir numa altura tão dada a mortificações por imperativos económicos, Linhas de Wellington vem avivar nos portugueses como a História deste país está repleta de momentos de sacrifício,  onde tipicamente a esperança parece escassa e o futuro uma grande incógnita. Neste sentido é um filme de esperança e de reflexão.

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