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Sobre a tentação de intervir em tudo feito justiceiro do mundo

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© Emil Alzamora

A capacidade de anteveres ou vislumbrares algo com mais facilidade comparativamente a alguns dos que te rodeiam, não pode de modo nenhum conduzir a que chames a ti recorrentemente a resolução de tudo, até porque cumulativamente passarás a importunar os visados com a ousadia da tua invervenção.

Se te achas mais próximo da verdade, em termos de perspectiva, não te deslumbres ante o reconheceres em ti esse dom. Por muita intuição que reveles ter, se não deres graus de liberdade ao mundo perderás dramaticamente a chance de verificar como por vezes os resultados certos acabam por acontecer por si, movidos por engrenagens causais que transcendem os fronteiras da tua compreensão.

Canaliza, ao invés, essa tua capacidade para a adoção de uma postura de constante vigilância ante o mundo em geral. Uma vez vigilante, guarda a tua intervenção para os momentos em que ela é mesmo valiosa. Foca-te nos outros e percebe que se não o fizeres maça-los-ás assim que te começarem a ver como um justiceiro que se julga empossado de um autoproclamado mandato de tutela sobre vidas alheias.

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