O grande Gatsby é uma produção fabulosa que acrescenta à actual técnica cinematogrática todo o conteúdo que um clássico da literatura pode conferir.
Gatsby é um enigmático cavalheiro que coloca todo o esplendor do materialismo de milionário ao serviço de uma causa: contornar a falta de berço, a qual, em tempos idos, constituía um impedimento cultural e social para conseguir reconhecimento e respeito.
E se este contornar poderia indiciar uma ambição desmedida de poder, a história presenteia-nos com o volte-face de constatar que por trás de toda a projecção de grandeza e esplendor, Gatsby é simplesmente um homem apaixonado, que quis oferecer à sua amada as melhores condições do mundo para viver uma história de amor à altura do que sentia.
O fim é trágico, injustiça Gatsby, e parece sentenciar com uma resposta dramática a questão lançada a meio do filme: será que dá para repetir o passado?
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