© Eric S.
Como quem tapa buracos e crê num American Dream do ego, hoje acordas e achas que podes ser escritor, amanhã acordas e achas que podes ser desportista, e depois amanhã acordas e achas que poderás ser budista. Nesta soma de amanhãs acabas por não ser nada de especial: és um fragmentado esboço de coisas que requerem muitos “hojes”, “ontens” e “amanhãs” para se poderem afirmar: algo que não estás disposto a subscrever.
Assim, onde as pessoas mais escorregam na vida é naquilo que depende do tempo, naquilo que se lhes apresenta como um exercício continuado ao invés de concentrado. Elas estão mais habituadas a pedalar rápido do que a pedalar sempre, mas esquecem que há objectivos que só se alcançam na continuidade, tal como o amor, o confiança, a estabilidade.
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