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Sobre a necessidade de perseverar

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Por vezes precisamos de equacionar objetivamente um problema sob um dado ângulo para neste surgirem oportunidades de (auto)conhecimento dos seus meandros. Neste sentido, dou comigo a acreditar que perseverar é um dom que não abunda entre nós. Podemos confundir perseverança com teimosia, com otimismo e com crença, mas perseverar é talvez um conceito que mora para lá destes, sós ou conjugados entre si.

E como faz tanta falta perseverar nos tempos de hoje: é a sua ausência que faz deste mundo tão mutável no acessório e tão pouco perene no essencial, para mal dos que procuram uma tónico de estabilidade na vida. Se não pense-se no desafio atual encerrado pelo perseverar no amor, nas amizades, nas opiniões, nos bons hábitos, nas boas emoções, perseverar na moral, no sorriso, na cortesia. Perseverar na criatividade e na geração continuada de ideias inéditas.

Ao que se pode indagar: perseverar... para quê? Para que a coerência premeie a vivência de cada um com o reconhecimento natural resultantes das escolhas e opções tomadas, e para que a forma de ser de cada um tranquilize e não pese aos outros, evitando com isso lancá-los em dolorosas dúvidas e sobressaltos. Quem não gosta de prenunciar-se na presença de alguém de nobre quilate, que não deixa ficar mal os outos com os infortúnios da sua insondável não perseverança?

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