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Sobre o perceber quem não somos como um insight valioso para esclarecer quem devemos ser

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Imagem: The Promised Land - Bo Bartlett (2015)



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"I'll never be a poet," said Amory as he finished. "I'm not enough of a sensualist really; there are only a few obvious things that I notice as primarily beautiful: women, spring evenings, music at night, the sea; I don't catch the subtle things like 'silver-snarling trumpets'. I may turn out an intellectual, but I'll never write anything but mediocre poetry".

This Side of Paradise - F. Scott Fitzgerald

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Num mundo pleno de inconstância, a rapidez com que a mudança bate à porta tanto pode ajudar como obstaculizar a compreensão, por parte de cada pessoa, sobre qual é a sua vocação para a vida que tem diante de si para ser vivida. Isto porque são tempos em que se experimentam mais coisas e circunstâncias ao longo dos dias mas, facto que, por outro lado, nos vai mostrando que até somos capazes de fazer um leque relativamente alargado de coisas.

Neste contexto, obter uma noção exacta e consciente daquilo para que somos naturalmente dotados pode ser um desafio bem mais árduo do que perceber a que somos fracos, sobretudo quando o nosso talento natural não se faz sentir nas áreas de maior tempo de antena e sex-appeal de uma sociedade, e o encontro com a vocação se vai atrasando no calendário.

Nesses casos, resta perceber que, para efeitos de um percurso de vida bem concebido, é extremamente valioso identificar claramente onde não mora a nossa vocação. Com essa franqueza será pois possível esclarecer um pouco melhor quem seremos ou deixaremos de ser.

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