O abaixamento dos preços dos produtos alimentares devido às grandes superfícies e às vantagens da escala no valor do preço de venda, faz com que hoje em dia por uma pequena quantia seja possível comprar muita quantidade de alimentos.
A alimentação, no meio desta avalanche de produtos apetecíveis, torna-se muitas vezes uma perversão daquilo que são as regras nutricionais amplamente conhecidas. Espantar-me-ia se encontrasse muitas pessoas a desconhecerem que se devem comer legumes e fruta com fartura, e que se deve evitar produtos gordos e açucarados.
O problema é que se outrora o preço e a escassez de oferta poderiam reprimir ou mesmo impedir a compra de géneros alimentares perigosos para a saúde alimentar, hoje a maioria das pessoas depende apenas da sua vontade. O resultado directo destas facilidades todas é a criação de um perfil alimentar problemático, que se pode definir como sendo baseado na gulodice e que se cinge meramente no maior prazer que certos produtos dão relativamente a outros. A comida dita de plástico surge neste perfil problemático como sendo o símbolo do prazer alimentar aplicado às refeições. As pizzas e hambúrgueres são hoje os dois eixos da comida de plástico, mas num ápice poderemos pensar nos gelados, nos crepes, nas francesinhas, nas pipocas e nas gomas, tudo produtos que podemos encontrar num qualquer centro comercial que se preze desse nome.
A tensão e a excessiva ocupação mental têm também culpas no cartório, pois muitas vezes falta tempo para saber o que comer ou então a comida é uma vingança que procura compensar lacunas ou estados sentimentais.
Os puritanos que acreditam que tudo o que dá prazer faz mal, devem andar altamente descontentes com o rumo da alimentação nos tempos de hoje, visto que as pessoas estão cada vez mais favoráveis a esta alimentação barata e apelativa e parece que nem os constantes alertas dos nutricionistas, dos médicos, demovem as pessoas deste tipo de alimentação.
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