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Sobre a crítica e o bom humor

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A propiciação de condições para as que pessoas se sintam livres de falar sobre o que não gostam ou as desagrada nos outros é fundamental para evitar que as zangas ou os aborrecimentos sejam gerados periódica e recorrentemente.

Algum humor na forma como se tecem e como se recebem as crítica poderia ajudar a evitar que as estas sejam algo duro, frio, invasivo, afrontador. É claro que poder-se-ia cair no cúmulo de gozar desavergonhadamente o outro, o que em si já pode ser uma tremenda falta de respeito caso do outro lado não notemos haver aceitação para semelhante postura por parte de quem critica.

Com a devida moderação, o humor pode ser um excelente tempero para a crítica, impedindo que se digam coisas provavelmente falsas, como muitas vezes se diz, apenas para sustentar e aprofundar uma tese, fruto do exagero e generalização abusiva.

Confesso que ao escrever sobre a existência destas condições ou formatos, foco-me mais para os casos de pessoas que se conhecem bem, que têm confiança umas com as outras, e a quem interessa, mais do que a quaisquer outras, desenvolver estratégias de comunicação que não firam o interlocutor nem a relação que se tem com ele, a qual provavelmente extravasa o mero contexto da crítica.

É que se já não é fácil ser-se avaliado pelas ideias que se tem, se são soberbas ou parvas, inteligentes ou medíocres, a coisa complica-se bem mais quando o que está em causa é a forma de ser de cada um, entenda-se o feitio, o carácter, a personalidade.

De qualquer modo, com ou sem humor, as críticas são feitas em contextos sensíveis a perturbações, algumas delas com acutilância suficiente para provocar o descarrilamento do objectivo que as fizera existir.

Na amizades, no trabalho, no amor, a crítica é uma complexa ferramenta cuja utilização exige destreza e sensibilidade, salvo se o objectivo for unicamente ferir, atacar, agredir.

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