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Sobre a criatividade como forma de estar

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Carlos Alarcón - Par / Adox - 2015


Por vezes assevera-se que, nos moldes atuais, a escola e/ou a educação têm como efeito colateral matar a criatividade, ou fazê-la mudar de residência para um local remoto da pessoa que mostramos ser no dia a dia. Socialmente, a criatividade parece ser "o" instrumento das áreas ditas "criativas", rementedo-se, para todos os demais, à condição de opções ou bónus que fortuitamente estão mais presentes ou ausentes nos perfis mais ou menos bafejados das pessoas.

E se a criatividade fosse tão somente uma forma de estar que, tal como um regra de etiqueta, se cultiva e apreende a ponto de ser tão natural como conversar? E se tal forma de estar resultar de um entendimento de que o homem tem uma dimensão espiritual que é capaz de contactar para além do canal racional com os mistérios da forma e do conteúdo?

Amputar as pessoas do vislumbre de que devem fazer-se homens e mulheres para além da componente física e intelectual, é matar-lhes a chance de viverem criativos, mais do que o serem porque as ciscunstâncias o exigem ou calhou assim. Ser criativo não é ser produto do intelecto, é ser-lhe superior, porque é beber mais directamente da fonte, sem a intermediação (perversa) de uma caixa de algoritmos finita (e viciosa), como é o cérebro de um adulto imerso e perdido nas peripécias do cotidiano.

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