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Sobre a amor: as fugas à sua procura

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Sendo o amor um pilar da psicologia humana e tendo sido dito já que surge em cada ser de forma natural, espontânea e periódica na necessidade, toda a tentativa para o barrar tem a si associada um esforço racional.
O jejum do amor (falo implicitamente do amor sexual) além de utilidade confere também ganhos. Falando da utilidade comprovam-se os ganhos. A mais directa consequência é o aumento da liberdade. É uma limitação para o homem a prisão do amor. Claro que este tem os seus préstimos, obviamente comprovados pela quantidade daqueles que se aprisionam nele com felicidade. A perda de liberdade é o motivo mais forte para uma fuga ao amor, sobretudo porque há projectos que necessitam de determinadas doses de autonomia para as quais o amor não se presta. As constantes explicações para dar carecem de oportunismo não raras vezes.
Depois há ainda a referir que o amor, como crença profunda que também é, não é muito compatível com o pensamento igualmente profundo e exploratório em matérias diferentes, pois chama a si uma preponderância que suga tempo e que arrebata um espaço mental que compromete seriamente o sucesso das operações pretendidas por força de uma distracção induzida.
A fuga do amor pode surgir como estratégia temporária, ainda que se saiba ser árduo garantir a sua manutenção sem uma verdadeira aceitação desse estado, pois como dito, deve ser visto como um esforço por tal, naturalmente custoso.
Fará confusão a muitos falar-se numa política de adiamento, mas a verdade é que o motivo de muito acomodamento e alguma desilusão surgem da incompatibilidade de convivência do amor com metas cruciais como o ingresso num curso superior, o sucesso profissional em determinados casos ou o conseguir pensar com mais largura.
Acabo reforçando que as fugas de que falo são meramente sazonais e temporárias não as defendendo como projecto de vida, pois fogem aos princípios gerais da dita.

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