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Sobre o amor: a apetência para o tema

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Escrever sobre amor é certamente mais árduo do que ler sobre o assunto. Embora seja um tema universal, que abarque ambos os sexos por igual, residindo no admitir quaisquer atribulações, é necessária uma certa dose de confiança para arriscar retratar por escrito este grande tema sem cair no erro de o limitar a um único entendimento entre os demais possíveis e igualmente válidos.
A começar, nada como referir a familiaridade que cada um tem no seu íntimo, quiçá nunca desvendado a outros, no que toca à temática amorosa.
Depois, porque não mencionar o paradoxo de conceber um amor que se faz notar e ofertar socorrendo-se da materialidade do corpo, o físico, sem contudo depender dele para existir e persistir.
A presença do assunto nos variados formatos de manifestação artística é um facto consolidado, podendo ser passaporte para a popularidade (e consequente sucesso) , dado existir uma boa receptividade ao confronto com noções, experiências e orientações relativas ao tema, ou seja, ao contacto com a existência do amor. Multiplicam-se nas músicas, nos livros, nas esculturas, nas pinturas, bem como em outros reservatórios sentimentais, referências ao amor e à noção dele que cada autor está disposto a partilhar, impregnando parte de si nesse desiderato.
Quem contacta com tais referências, encontra-se no meio de antíteses múltiplas que resultam dos inúmeros autores perante a amplitude conceptual que o assunto sustenta, e encontra certamente voz para um qualquer sentido que tenha para si no momento em que lê, não cabendo a ele ou a qualquer outro ajuizar a veracidade ou licitude desse entendimento. O tema vive sem peritos capazes de impor as suas formulações, pois é autónomo em cada um, partilhando apenas traços comuns. Produzo a minha sequência de textos sobre o assunto com o explicitado entendimento em mente, buscando participar nessa virtuosa partilha de sentidos.

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