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Sobre o amor: a sectarização do sentimento

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Acredito que a origem da fragmentação de noções sobre o amor está relacionada com a vastidão conceptual que se ergue perante o entendimento do fenómeno do amor.
Costuma ser imediato seccionar do assunto amoroso uma fracção correspondente à paixão, havendo lugar a uma espiral rumo ao entendimento dos limites de uma coisa e de outra, de consenso árduo de obtenção. A verdade é que no âmbito do amor, surgem conceitos como sedução, ciúme, dominação, posse, saciedade, sexo, perdão, tolerância, êxtase, e por aí fora, que como produto das divisões que se criam ao sentimento aparecem então como peças a ser encaixadas no meio dos recortes que vamos produzindo ao retirar a amor toda a sua generalidade e dimensão. Outrora também andei numa de classificações e enquadramento dos conceitos, havendo retirado disso a noção de que torna tudo ainda mais complexo de entendimento e leva à perda do fio condutor da temática do amor.
Defendo que se conviva com as diversas vertentes possíveis ao amor, e que todas elas possam convergir e divergir entre si, sem que se deixe de falar no mesmo assunto. É por demais subjectivo lançar ávidas discussões sobre se o ciúme ou a posse são mais do foro amoroso ou mais do lado da paixão, pois isso fragmenta o sentimento base, esse que se manifesta como um todo capaz de arrebatar o espírito. Esta é a ideia chave deste texto. Acreditemos num sentimento base chamado amor, permitamos que ele seja amplo o suficiente para permitir conjuntos de possibilidades que ainda que contraditórias ou inconjungavéis não atrapalham a busca pelo entendimento de amor pela imposição de limites ao sentir humano, esse que é tão rico em aspectos e detalhes. A cultura é quem gosta de emancipar certos conceitos do conceito de amor, para que se dê azo a ideais de beleza e perfeição que ganham à realidade em tudo menos na naturalidade e simplificação.

1 comentário:

  1. O amor é algo complicado. será tão simples reduzir o amor a um sentimento??? sera apenas issu? o Problema do amor, na minha opinião, reside nas suas mais variadas vertentes, amor parental, amor fraternal, amor romantico, etc... mas falando apenas da vertente romantica, é impossivel resumir esse amor à paixão, pois esta, embora uma parte do amor romantico, nao é apenas issu, pois uma paixão pode ate ser egoista, sendo a pessoa que sente a paixão apenas interessada em "possuir" (se assim se puder dizer) o alvo da paixão, sem considerar o bem estar deste ultimo. Por isso penso que a paixão, embora uma parte desse amor, é necessário não descuidar o respeito pela pessoa amada, pois o amor não é tanto algo "para si", mas mais "para a pessoa amada", pois no amor o bem estar da pessoa amada esta em primeiro lugar, e não os desejos egoistas muitas vezes despertadas pelas paixoes

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