Imagem: Francesco e l'elefante - Stefano Bombardieri
Tendo em conta de que basta um acontecimento para invalidar uma regra mas que é preciso uma infinidade de confirmações para a validar, a experiência acumulada pelas pessoas tem especial valor se for aplicada no primeiro caso, passando a mais discutível no segundo.
Uma pessoa experiente poderá recomendar a alguém que tenha precaução porque há pessoas que ficam sem dinheiro de forma inesperada, baseando-se nas vivências acumuladas. Nesta intervenção, deve-se realmente respeitar seriamente a recomendação. Contudo, repare-se que se a mesma pessoa experiente dissesse, igualmente no alto da sua experiência, que determinada pessoa irá ficar sem dinheiro de forma inesperada considerando a sua forma de ser, a sua experiência de pouco serve, porque não chega para sustentar a informação veiculada.
É importante chamar a atenção para isto, porque muitas vezes se confunde os dois tipos de situação, o que leva a que se possa ignorar os mais experientes quando deveriam ser considerados seriamente, ou a ficar animicamente condicionado por posições de frágil fundamentação por parte deles.
Ao longo dos anos de vida vamos sendo surpreendidos pela ocorrência de coisas inesperadas, sendo exactamente o conhecimento que advém das sucessivas surpresas que é apropriado aos juízos com base na experiência. Só porque nunca se viu uma pessoa que alcançasse determinado objectivo ao longo da nossa vida, isso nos não legitima a afirmar categoricamente que ninguém o irá alcançar.
Confundimos a raridade de alguns eventos a com a certeza da sua não ocorrência, pelo que muitos são os que escudam erroneamente as suas previsões na experiência dos anos de vida.
Publicação original: 28-01-2009
Revisão: 30-07-2016
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