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Sobre o decréscimo de telespectadores

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52570JoQN_w Observando a agressividade com que os canais de televisão de sinal aberto disputam os telespectadores, pergunto-me se esse não é um problema a curto prazo da televisão, cuja preocupação não deveria suplantar o dos problemas decorrentes da diminuição do público da televisão pela dispersão para outros formatos.

Não há dia que não se ofereça dinheiro nos diferentes canais de sinal aberto, com a excepção conhecida. Manhã, tarde, noite, madrugada, em todos estes momentos há programas que aliciam o telespectador a não mudar de canal, muitos deles ridículos pela forma patética e anedótica com que fazem render o peixe, passo a expressão.

As pessoas que vivam da televisão deveriam pensar bem no que se está a passar, porque correm o risco de perder o emprego dentro de alguns anos. Andam entretidos a ver as estatísticas e verificar se estão à frente dos concorrentes ou não, se determinada opção é um sucesso ou não. Alegram-se por superar a concorrência e vivem nessa concorrência acentuada quando talvez fosse mais sensato e inteligente juntarem-se e pensar no tipo de soluções que terão de acordar facultar para contrariar a perda de telespectadores, perda esta que não tenho dados estatísticos que s confirmem, mas que se baseia na minha observação dos hábitos da pessoas.

Presa a produtos praticamente intocáveis ao longo de anos, que mudam de grafismos mas permanecem semelhantes ao que eram na data do lançamento, a televisão corre o risco de sofrer na pele aquilo que sucedeu com a rádio: tornar-se num suplemento.

O futuro passa pelo desmembramento dos canais de televisão convencionais, da forma que os conhecemos, para serviço personalizado, focalizado nos interesses dos telespectadores.

Ora os canais abertos, proporcionam hoje uma grelha restrita a um tipo de interesse para cada período do dia, nem sequer conciliam novelas à segunda com filmes à terça, sérias à quarta, documentários à quinta e debates à sexta, no mesmo horário, como deveria ser para atrair públicos diferentes.

Andam ofuscados pelo peixe do lado e não conseguem perceber que o aquário está a perder água. Ninguém tem culpa de não se rever no serviço prestado pelos canais de sinal aberto.

2 comentários:

  1. Na minha opinião, penso que eventualmente a televisão perderá parte do seu poder, com o decréscimo geral das audiências, que se virarão para outros media. No entanto penso que este nao desaparecerá, mas sim adaptar-se-á à nova realidade, sem no entanto ter o mesmo poder que outrora. Tal como fez a rádio quando apareceu a televisão.

    Um abraço

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  2. Caro Radar,

    É isso mesmo: o exemplo da rádio poderá servir bem ao caso da televisão.

    Só lamento que nada esteja a ser feito para combater este prenúncio. Preferem, como disse, gastar dinheiro em produções que roubem audiência aos outros do que em formas de evitar o destino que parece cada vez mais certo.

    Marcelo Melo

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