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Sobre a teoria do conectivismo

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Fui confrontado com um artigo de natureza pedagógica, no qual se afirma que de há 10 anos a esta parte o conhecimento no mundo duplicou e que agora duplica a cada 18 meses.
Perante este dado é bom pensar que num curso superior de 5 anos a informação pode quadruplicar enquanto se frequenta as aulas para tentar aprender alguma coisa. Levantam-se, como tal, questões pertinentes sobre o sentido e actualidade de aprender teorias e fórmulas mágicas, sob uma aura dogmática de verdade imputada a tais formulações, quando o conhecimento está longe de se domar por uma perenidade compatível com esta parcimónia com que se é obrigado a aprender.
No mesmo artigo, realça-se a importâcia de desenvolver mecanismos internos eficientes para seleccionar informação útil de entre a abundância que existe. Vai até mais longe, afirmando que nesta era digital, a aprendizagem está essencialmente no interrelacionamento e criação de redes de contacto com outras pessoas. E que belo é este conceito, apetece-me dizer: a aprendizagem residir na componente relacional e não na matéria informativa em si que, pela sua caducidade, não deve prevalecer no processo de aprendizagem.
Adiante soube também que na linha deste raciocínio, os alunos devem esquecer o modelo baseado no saber “o quê” e “como” para um desconhecido modelo assente no conceito de saber “como/onde”, num claro desafio à determinação das fontes para a informação pretendida.
O senhor canadiano que defende semelhante tese, acredita que é altura de introduzir o efeito da tecnologia na gestão do conhecimento, sobretudo porque a tecnologia tem vindo a revolucionar o panorama do conhecimento, perturbando dogmáticas doutrinas de ensino que perduram sob protecção de imponentes cátedras que dominam de forma impositiva as alterações do ensino.
Este é o tempo de detectar padrões e saber sobreviver no meio de carradas de informação desconexa, também isto aprendi. Não é tempo de nos fecharmos a estudar um problema como se o nosso futuro dele dependesse, para chegar ao mercado de trabalho e verificar que aquilo nunca passou de um desvario de quem está deslocado da realidade devido ao fechamento intelectual em que vive.

1 comentário:

  1. Para mais informações sobre esta teoria, consultar:

    http://www.itdl.org/Journal/Jan_05/article01.htm

    Marcelo Melo

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