É curioso como no seio dos apreciadores de plantas, em particular de árvores de fruto, flores e culturas de vegetais, existe uma apaixonada procura por exemplares que ainda não têm.
É comum encontrar em cada região espécies que se poderiam dizer autóctones e características de determinados ambientes, assim como o é haver gente empenhada em compilar num mesmo local, com ambiente e localização fixos, as formas de diversidade que vão encontrando um pouco por todo o lado.
Esta sede por conseguir ter êxito no desenvolvimento de espécies que por vezes são dependentes de microclimas ou condições muito particulares para vingarem, como é o caso das cerejas ou das bananas, arrasta consigo o conceito de globalização que tem tanto de familiar ao ouvido, como de pouco definido ou explicado ao cidadão comum.
O cenário de agregação de formas de diversidade vegetais, existe a outros níveis: na música, na roupa, na comida, desaguando na noção da partilha de recursos culturais e naturais que tendem a homogeneizar as sociedades exactamente porque se reconhece o valor da diversidade.
Pegar numa mangueira e procurar obter em pleno Marão, mangas como as brasileiras ou africanas, seria como convocar para junto de nós o Brasil ou Moçambique, por exemplo. Esta é claramente a consequência da globalização, a aproximação dos países a ponto de cada um reconhecer as outras em si.
Posto isto, é curioso notar como, no âmbito das plantas, a globalização já começou há tantos anos, de que são exemplo a batata ou o tomate, hoje disseminados e existentes em todo o mundo.
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