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Sobre “Portugal, Um Retrato Social” : o emprego

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As gerações pós 25 de Abril caminham por um Portugal que, ora aqui ora ali, colecciona ruínas de antigos postos de trabalho, como sejam fábricas, equipamentos industriais emperrados e corroídos, barcos enferrujados, terrenos agrícolas onde o mato cobre aquilo que em tempos foram fontes de água, armazéns, silos. E ao caminharem, dificilmente compreendem o significado de tantos despojos votados ao abandono, habituando-se antes a contornar esses obstáculos à modernidade e a não sentir curiosidade por perceber a que se deve tanto encerramento, tanta desistência.

Houve uma altura em Portugal em que as pessoas abandonaram a vida do campo, que era dura e dava apenas para ambições modestas, e tudo o que pretendiam era entrar para as fileiras das empresas e indústrias que por cá se instalaram ou nasceram após adesão à Associação Europeia de Comércio Livre, onde facilmente poderiam auferir pelo menos o dobro do valor que a agricultura proporcionava.

Vendo imagens da altura, nota-se que o trabalho que os portugueses desempenhavam, era muito parecido com aquele que hoje se vê no continente asiático. A nossa mão-de-obra era barata pelo que havia interesse em produzir coisas em Portugal.

Os restos mortais de grandes empresas têxteis, de conservas, de metalo-mecânica, piscatórias, e por aí fora, é um exemplo duro mas objectivo, do que acontece quando não se procura melhorar e evoluir. Tais empresas ficaram presas no passado porque estagnaram tecnologicamente e não souberam desenvolver expeditamente os seus negócios para outros e novos mercados.

Como resultado, hoje a fatia de pessoas de trabalha na indústria é reduzida, tal como o é o número de pessoas que se dedicam à agricultura. A maior parte de nós, portugueses, trabalha nos serviços: saúde, turismo, educação, comércio.

Após visualizar o capítulo 2 deste cativante documentário, reforcei para mim mesmo que a formação das pessoas foi e é um dos problemas mais graves de Portugal.

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