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Sobre a evolução dos mortos nas estradas

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Aqueles que prestam alguma atenção à periodicidade das notícias, sabem que todos anos ou pela altura do Natal ou pela altura das férias de Verão ou por qualquer feriado que conduza a um fim-de-semana prolongado, as unidades de policiamento do trânsito lançam as suas operações de controlo tendo como mote a redução/minimização das mortes nas estradas. Essas mesmas pessoas certamente saberão que Portugal tem más prestações no domínio das perdas de vida por acidente, mas dificilmente se apercebem da evolução desta realidade, nomeadamente sobre as consequências das diversas campanhas de sensibilização e fiscalização que vão sendo lançadas.

Dificilmente nos é dado a conhecer, pelo menos com tanta avidez, a comparação do desempenho de Portugal neste domínio face a congéneres europeus, ou eventualmente face à média europeia, já que, independente do assunto a tratar, se nos dizem que somos os piores, pois que tratem de dizer o quanto piores somos que os outros, e não se fique pelos qualitativos.

Foi com este espírito que coligi dados do Eurostat, e representei a evolução do número de falecimentos nas estradas por milhão de habitantes, que convido o leitor a analisar.

Portugal tem estado sempre acima da média europeia, embora desde 96 tenha conseguido convergir para a média europeia, tendência que não se verifica com a Grécia, país tantas vezes comparado a Portugal por motivos económicos.

A Espanha esteve também sempre acima da média, mas sempre mais próxima dela do que nós. Por outro lado, a Alemanha, que tantas vezes é citada devido à inexistência de limites de velocidade na auto-estradas, tem conseguido manter-se bastante abaixo da média europeia, sinal de que o problema não talvez não passe pela velocidade de circulação.

Para concluir, gostaria de realçar que Portugal tem progredido extraordinariamente para contrariar uma realidade que se verificava lastimosa. Espero assim reconhecer os esforços feitos e para uma mais digna informação das pessoas sobre esta matéria.

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