Procurar:

Sobre as metáforas religiosas e o que não deves fazer com elas.

Share it Please

© Enkel Dika


Tive recentemente um feliz encontro com um portentoso homem da religião (e pensamento) que me surpreendeu pela sua tolerância e abordagem "adogmática" de episódios bíblicos.

Aprendi com ele o termo hebraico Midrash, fundamental para descrever uma interpretação simbólica da bíblia, e tive o prazer de o questionar quanto ao caminho que a Igreja deve seguir neste contexto civilizacional tão profusamente científico em termos de formatação de pensamento.

Comprovar cientificamente uma metáfora não parece um caminho fácil, sequer possível. Seria o mesmo que  tentar comprovar matematicamente passagens de obras literárias de ficção. Porém, também não me parece que isso queira dizer que toda a carga metafórica religiosa mereça ser posta ao nível da ficção de entretenimento.

A moral cristã, como provavelmente qualquer moral religiosa, está escrita em cima de episódios e passagens metafóricas que não devem ser tomados à letra (como confesso já ter feito no passado).

Se o fizermos, deixaremos cair um legado que, gostemos mais ou menos, preencheu uma parte inegável dos últimos milénios, e cuja eliminação nos remete para um vazio sem alternativa.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...